sexta-feira, 6 de julho de 2007

TECIDO EPITELIAL

Características
• Pouca substância intercelular, células justapostas,
geralmente poliédricas
• Grande capacidade de coesão
• Forma nuclear acompanha a forma celular
• Se originam dos três folhetos germinativos
• Funções: revestimento de superfícies, revestimento e
absorção, secreção, função sensorial
• Desprovido de vasos sanguíneos (nutrientes se difundem
do tecido conjuntivo para o tecido epitelial)
• Única substância intercelular é o glicocálix, que é uma
delgada camada de glicoproteína que pode revestir as
células epiteliais. Função: adesão, pinocitose e
caracterização imunológica.
• Lâmina Basal: separa e prende o epitélio ao tecido
conjuntivo subjacente, permitindo, porém, a passagem de
diversas moléculas. Formada por colágeno, laminina e
proteoglicanas. Visível em microscópio eletrônico.
• OBS: Lâmina Basal + fibras reticulares + proteínas e
glicoproteínas (microscópio óptico)  MEMBRANA
BASAL.
• Células epiteliais: POLARIDADE
– POLO BASAL: junto a lâmina basal;
– POLO APICAL: extremidade oposta.
• Fibras de ancoragem: fibras colágenas 
ancoramento do tecido epitelial ao conjuntivo.

Adesão celular: glicoproteínas do glicocálice
e estruturas especializadas:
– Zônulas de oclusão: localizadas no ápice
celular, barreira celular (“cinturão adesivo”);
– Zônulas de adesão: circunda toda célula,
aderência, rico em filamentos (trama apical);
– Junções comunicantes ou nexus (“gap junction”):
lateralmente, canais protéicos hidrofílicos entre
células adjacentes (passagem de moléculas e
íons);
– Desmossomos ou mácula de adesão: estrutura
membranar em forma de disco (“botão de
pressão”), lateralmente entre duas células
vizinhas, adesão, rica em filamentos de
citoqueratina e desmogleínas;
OBS: Hemidesmossomos: estrutura que conecta
as células epiteliais à lâmina basal.

Interdigitações: dobra da membrana lateral
de células adjacentes,  superfície de
contato e reforça a adesão.

Estruturas específicas
• Microvilos (microvilosidades): projeções da
membrana celular,  superfície de contato
  absorção, glicocálice mais espesso
(intestino delgado, túbulos renais);

Estereocílios: projeções citoplasmáticas na
porção apical do epitélio de revestimento
(epidídimo e canal deferente), forma
irregular com ou sem anastomose, 
superfície celular, facilitando o transporte
celular;

Cílios e flagelos (movimento celular):
formados por microtúbulos (tubulina);
– Cílios: curtos, maior quantidade na superfície
apical no epitélio de revestimento (traquéia,
brônquios e bronquíolos, trompas uterinas).
– Flagelos: mais longos (espermatozóides).

TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO

Características
• As células epiteliais se dispõem em camadas,
recobrindo a superfície externa ou as cavidades do
corpo
• Estão sempre apoiados numa camada de tecido
conjuntivo que contém os vasos sangüíneos nutridores
do epitélio.
• Membrana Mucosa: epitélio + tecido conjuntivo que
reveste as cavidades úmidas como boca, bexiga,
intestino, etc.
• Neuroepitélios: também fazem parte dos epitélios de
revestimento. Células epiteliais com função sensorial
(órgãos de audição, olfato, gustação).
Classificação dos tecidos epiteliais de
revestimento
• São dois os critérios mais importantes:
– A forma das células:
• Pavimentoso (células achatadas)
• Cúbico (células isodiamétricas)
• Prismático (células altas, colunares)
– O número de camadas de células:
• Simples (uma única camada celular)
• Estratificado (várias camadas celulares)
• Pseudoestratificado (uma única camada celular, com
núcleos em alturas diferentes)
EPITÉLIO SIMPLES
PAVIMENTOSO
• Apresenta uma única camada de células
achatadas.
Ex.: revestimento da córnea e interno das
artérias e veias.

EPITÉLIO SIMPLES CÚBICO
• Apresenta uma única camada de células
isodiamétricas (cúbicas).
Ex.: revestimento interno dos tubos coletores da
papila renal e externo do ovário.

EPITÉLIO SIMPLES PRISMÁTICO
• Apresenta uma única camada de células
prismáticas.
Ex.: revestimento interno do estômago

EPITÉLIO SIMPLES PRISMÁTICO
COM MICROVILOSIDADES
• Apresenta uma única camada de células
prismáticas com microvilosidades.
Ex.: revestimento interno do intestino delgado (duodeno
e jejuno-íleo).

EPITÉLIO SIMPLES PRISMÁTICO
COM ESTEREOCÍLIOS
• Apresenta uma única camada de células prismáticas
com estereocílios.
Ex.: revestimento interno do epidídimo e do canal
deferente.

EPITÉLIO ESTRATIFICADO
PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO
• Apresenta várias camadas de células, sendo a
última camada (a mais externa) pavimentosa.
EX: Reveste as superfícies úmidas como lábios,
bochechas, vagina, ânus, córnea do olho, cordas
vocais e revestimento interno do esôfago.

EPITÉLIO ESTRATIFICADO
PAVIMENTOSO QUERATINIZADO
• Apresenta várias
camadas de células,
sendo as últimas
camadas (as mais
externas) pavimentosas
e mortas devido a
impregnação de
queratina, uma proteína
insolúvel na maioria dos
solventes e muito
resistente.
Ex.: epiderme da pele.

EPITÉLIO ESTRATIFICADO
PRISMÁTICO
• Apresenta várias camadas de células, sendo a
última camada (a mais externa) prismática.
Ex.: conjuntiva do olho.

EPITÉLIO PSEUDOESTRATIFICADO
CILIADO
• Apresenta células com núcleos em diversas
alturas dando a impressão de estratificação. A
região apical destas células apresenta-se ciliada.
Ex.: revestimento da traquéia, brônquios e bronquíolos.

EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO
• Dependendo do estado fisiológico do órgão, o
epitélio apresenta-se como estratificado
pavimentoso ou estratificado prismático.
Ex.: bexiga urinária cheia e vazia, respectivamente.

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